domingo, 2 de maio de 2021

PARA A HISTÓRIA DOS CORREIOS NO AMAZONAS - PT.1

- Reproduzimos abaixo o texto que foi retirado do fascículo "HISTÓRIA contemporânea 2" do Instituto Geográfico e Histórico do Amazonas, publicado pela Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos DR/AM no dia 22 de fevereiro de 1985.


- INTRODUÇÃO: 

Antiga sede dos Armazéns B. Levy & Cia

O presente estudo não pretende traçar a trajetória histórica do Correio Geral do Amazonas, mas apresentar informações sintetizadas, notadamente do setor postal, ordenadas e publicadas para propiciar uma visão do que tem sido tão importante empreendimento ao longo dos anos em nossa terra, exatamente quando a Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos entrega A nossa comunidade, devidamente recuperado de recente sinistro, o prédio-sede regional que tem tradição na paisagem urbana de Manaus. 

Mostrando o passado mais remoto da empresa do Correio na região amazonense, fornecemos, ao mesmo tempo, os dados mais recentes deste serviço com os quais poderá o estudante, o professor, o leitor de modo geral, estabelecer uma comparação com o desenvolvimento de suas atividades.

Diga-se, a respeito deste importante setor de comunicação, que urge uma dedicação de pesquisadores para que seja traçado perfil mais completo, aprofundada a história de sua implantação e evolução em área tão complexa do país para este tipo de serviço, o que viria a somar-se a um esforço pessoal por nos já empreendido, quando escrevemos TELECOMUNICAÇÕES NO AMAZONAS" voltado naturalmente para as comunicações telegráficas e telefônicas.

Estas notas foram reunidas em tempo breve, por solicitação da Diretoria Regional da ECT, o que reafirma a preocupação da Empresa em não só recuperar o edifício-sede de sua administrado em nossa capital, mas também de levantar informações que compõem a história da instituição entre nos.

Robério Braga


- CORREIO NA PROVINCIA:

Selo comemorativo da Elevação do Amazonas a categoria de província

Antes mesmo da instalação da Província do Amazonas em janeiro de 1851, pelo politico paraense João Batista de Figueiredo Tenreiro Aranha, surgem as primeiras determinações oficiais para o funcionamento dos serviços do "Correio Geral", nesta região, através do aviso do Ministério do Império de 29 de setembro de 1851,que, "recomendava a organização da Repartição dos Correios".

Um dos primeiros aos do presidente Tenreiro Aranha, ao lado da organização da "Instrução Pública", foi a expedição da instrução datada de 6 de fevereiro de 1852,para o estabelecimento do Correio Marítimo, e de outras repartições, a ser efetivado entre a capital, as vilas, freguesias e povoados da Província, logo seguidas de instruções de 3 e 29 de março e de 8 de maio do mesmo ano. Estas últimas ficaram sem implementação pela falta de recursos alocados no orçamento provincial.

Do relatório do presidente (1852), primeiro documento oficial de autoridade local dando conta da administração pública, encontra-se o pensamento daquele homem público sobre o estabelecimento de tão importante serviço, quando declara:

"Para de pronto ocorrer-se, como se tem ocorrido, às necessidades do serviço público, um dos meus primeiros cuidados foi estabelecer quatro correios, que, de mês em mês, viessem de pontos limítrofes, percorrendo todos os intermédios, ate esta capital, com as cousas e pessoas que já tem vindo para diferentes aplicações, como se mostra nas ilustrações, que já tem sido, por aditamentos, acomodadas as conveniências e necessidades locais."

A primeira estatística conhecida, a partir de então, data de 5 de setembro de 1852, correspondente ao semestre anterior e e já demostrava o funcionamento razoável do Correio, pelo tráfego de correspondência (Jornais, cartas, ofícios), que chegaram a 1.233.000 recebidos e 645 expedidos na capital.
Na administração do 2° Vice-presidente, conselheiro Herculano Ferreira Penna, os Correios compunham-se de um administrador-tesoureiro; um ajudante contador; um praticante porteiro; um carteiro; com agências criadas nas vilas, menos em Silves e nas freguesias de Borba e Serpa. Pelas dificuldades financeiras, os coletores da Fazenda Pública no interior acumulavam também as funções de direção do posto de Correios, por pequena gratificação.

Por estas e outras injunções estruturais, apenas entre Manaus e Serpa (Itacoatiara), e Manaus e Vila Bela (Parintins), o movimento era regular e satisfatório. Para se ter uma noção mais próxima do movimento, da correspondência em relação ao quadro anterior, que inclui, ofícios, cartas seguras, cartas com selos francos, cartas de porte e jornais, veja-se as localidades que mais se relacionaram com Manaus:


Ao mesmo tempo, verifica-se que estavam regularmente ordenadas as linhas com outras províncias, especialmente o Pará e a sede do Império, com as quais a comunidade local, mantinha a correspondência mais intensa.
Se ainda a hoje a navegação pelos rios, lagos, paranás e furos da região amazônica, é de vital importância para a vida das populações ribeirinhas, muito mais ao tempo provincial, quando inteiramente, toda a relação entre a capital e aquelas populações dependia da navegação a vapor. O Correio mantinha as linhas fluviais, valendo-se das diversas concessões do governo para a exploração do comercio e da navegação.

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Logo mais acompanhem a continuação desse histórico, na parte 2.
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