sábado, 15 de maio de 2021

AMAZÔNIA NOSSOS SELOS - Joaquim Marinho

A nossa publicação de hoje vai em homenagem ao nosso saudoso amigo, Joaquim Marinho, que nos deixou em 2019.

- AMAZÔNIA NOSSOS SELOS


Acervo de nosso associado Adriel França

Em 1974 foi lançado um livro intitulado, "Amazônia nosso selos: 1890-1950", de autoria de nosso saudoso amigo Joaquim Marinho. Este foi o primeiro trabalho produzido falando sobre os selos da região amazônica, dando muitíssimas informações retiradas em antigos boletins filatélicos de diversos países, pois Joaquim, mantinha um riquíssimo acervo bibliográfico sobre FILATELIA, estes infelizmente já não se encontram mais na cidade de Manaus, e estão espalhados por ai.

- O Clube no livro






Nesta abertura Marinho nos dá certos detalhes do fruto de suas pesquisas, além de claro, salientar a dificuldade que também teve para obter certas informações quanto a nossa própria história, e fica a pergunta, ainda temos essas dificuldades? Ou conseguimos melhorar?

Joaquim ao final do texto de abertura, cita o eterno presidente, Nelson Porto, e de fato, Nelson fora um grande soldado da filatelia amazonense, e para ilustrar a amizade que existia entre os dois, damos logo abaixo uma foto histórica do CFA.


- O livro

Ele fora impresso na sede da Imprensa Oficial do Amazonas, e possui um pouco mais de 160 páginas, contando com ilustrações de carimbos, e de um selo fiscal comemorativo de nosso Estado, e para premiar a comunidade filatélico o livro já se encontrada digitalizado e poderá ser consultado no site da FILABRAS.


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Manaus/AM

sábado, 8 de maio de 2021

A filatelia da FEB e os amazonenses na guerra/ DIA DA VITÓRIA - Pt. II

Damos continuidade a nossa publicação, comentando um pouco sobre um pedaço da história dos amazonenses na FEB e a sua relação com a filatelia. Nossa publicação hoje será em homenagem ao Dia da Vitória.

- SELO DOS 30 ANOS DO FIM DA SEGUNDA GUERRA - HOMENAGEM AOS PRACINHAS


Em 1975 os correios lançaram um selo em homenagem as pracinhas, e também comemorando os 30 anos do fim da Segunda Guerra Mundial

Este selo foi lançado em Manaus no dia 08 de maio de 1975, o conhecido "Dia da Vitória", com uma cerimônia presidida pelo nosso eterno presidente Nelson Porto, o qual, obliterou o selo juntamente com o presidente da Associação dos Ex-combatentes do Brasil seção do Amazonas, o cabo enfermeiro, Hilário Ferreira Pimentel, figura muito conhecida no centro da cidade, que nos anos do pós guerra, atuou durante muitos anos como funcionário da Escola Técnica do Amazonas.




Recorte do Jornal do Commercio em edição do dia 09 de maio anunciando a simples cerimônia que ocorreu, citando o então presidente da associação. Contou com a presença de alguns de nossos associados, marcando para a história a relação do CFA com os pracinhas

Hilário Ferreira Pimentel, em entrevista concedida ao Jornal do Commercio em 22 de fevereiro de 1973.

Seu Hilário era presidente da AECB-AM (Associação dos Ex-combatentes do Brasil - seção Amazonas), criada por volta de 1960, sendo então uma das primeiras associações que congregou os expedicionários brasileiros no pós guerra. A associação funcionou em vários lugares diferentes, e talvez, a ideia de criar a associação surgiu no "Salão Expedicionário", um salão de beleza de propriedade do sr. Calos Jovino Ribeiro, parente daquele viria a ser governador do estado, José Lindoso.  

- JAYME JOSÉ DE CARVALHO

O carioca Jayme José de Carvalho viveu em Manaus por 30 anos, de 1968 a 1998, mas sua história de vida começou bem antes. Jayme foi um herói de guerra, integrante da FEB (Força Expedicionária Brasileira) e, mesmo não tendo partido para a Itália junto a seus colegas amazonenses, seu nome consta no mural localizado na praça Duque de Caxias, em frente ao quartel do 1º BIS (Batalhão de Infantaria de Selva), no São Jorge -AM, junto com os nomes dos amazonenses que integraram a FEB. 

O menino teve uma infância difícil, com a família passando por dificuldades financeiras. Com 18 anos, o rapaz ingressou no Exército onde atuou como correeiro (pessoa responsável em fabricar peças de couro, correias e outros objetos) no 1° Regimento de Cavalaria Divisionária.
Em 6 de novembro de 1943, trabalhando como Guarda Civil, Jayme foi convocado para fazer parte da FEB, embarcando no 4º escalão, em 23 de novembro de 1944, a bordo do navio General Meiggs, sob o comando do Quando retornou da Itália, Jayme havia sido demitido da Guarda Civil e mesmo sendo um herói de guerra, teve que entrar na Justiça para ter seu emprego de volta.
Nossa associada Nerine Carvalho, com alguns itens de seu pai
Em 1968, como Policial Federal, foi transferido para São Luís, onde conheceu sua esposa, Maria Lúcia Alves de Carvalho, com quem se casou em abril daquele ano. Ainda em 1968, o ex-combatente foi transferido para Manaus e aqui teve sua única filha, Nerine de Carvalho. Na capital amazonense, Jayme fixou residência e nunca mais voltou ao Rio de Janeiro, falecendo aos 81 anos, em 17 de julho de 1998.

Quando da comemoração dos 70 anos do fim da Segunda Guerra, o 1º BIS, juntamente com a Prefeitura de Manaus, realizou a revitalização da praça Duque de Caxias, construindo um mural com o nome dos amazonenses que foram para a Itália, e o nome de Jayme também foi lembrado. Atualmente Nerine de Carvalho preserva a memória do pai com as relíquias que ele possuía: condecorações, fotografias e documentos da época da guerra, e se orgulha em dizer que é filha de um herói do Brasil.

- MONUMENTO AO SGT. MANOEL CHAGAS


Em 7 de maio de 1967 ocorreu a pré-inauguração da extinta praça "Sgt. Manoel Chagas". A praça que contava com um busto, foi feito ao que parece com contribuição dos próprios pracinhas. Mas quem foi Manoel Chagas?
Manoel Freitas Chagas foi um dos muitos filhos da terra do Amazonas que partiram para Itália afim de lutar contra nazi-fascismo que dominava a Europa, e lá, Manoel tombou, sendo morto pelos próprios alemães quando realizava uma patrulha no local em que estava. A praça ficava localizada, em uma área chamada seringal mirim, onde hoje existe uma sede da concessionaria de energia do estado.

A foto acima é inédita, faz parte do acervo de nosso associado Adriel França, a foto foi encontrada no acervo da Associação dos pracinhas cariocas, que foi gentilmente enviada para nosso associado, pesquisador da FEB.

SELO VITÓRIA DOS ALIADOS


Lançado no dia 18 de julho de 1945 a série ilustrada comemora o regresso à pátria da Força Expedicionária. Esta emissão foi impressa nas oficinas da Imprensa Nacional.




Envelopes confeccionados pelo Clube Filatélico do Brasil em homenagem a Força Expedicionária Brasileira e ao V° Exército Americano.

domingo, 2 de maio de 2021

PARA A HISTÓRIA DOS CORREIOS NO AMAZONAS - PT.1

- Reproduzimos abaixo o texto que foi retirado do fascículo "HISTÓRIA contemporânea 2" do Instituto Geográfico e Histórico do Amazonas, publicado pela Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos DR/AM no dia 22 de fevereiro de 1985.


- INTRODUÇÃO: 

Antiga sede dos Armazéns B. Levy & Cia

O presente estudo não pretende traçar a trajetória histórica do Correio Geral do Amazonas, mas apresentar informações sintetizadas, notadamente do setor postal, ordenadas e publicadas para propiciar uma visão do que tem sido tão importante empreendimento ao longo dos anos em nossa terra, exatamente quando a Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos entrega A nossa comunidade, devidamente recuperado de recente sinistro, o prédio-sede regional que tem tradição na paisagem urbana de Manaus. 

Mostrando o passado mais remoto da empresa do Correio na região amazonense, fornecemos, ao mesmo tempo, os dados mais recentes deste serviço com os quais poderá o estudante, o professor, o leitor de modo geral, estabelecer uma comparação com o desenvolvimento de suas atividades.

Diga-se, a respeito deste importante setor de comunicação, que urge uma dedicação de pesquisadores para que seja traçado perfil mais completo, aprofundada a história de sua implantação e evolução em área tão complexa do país para este tipo de serviço, o que viria a somar-se a um esforço pessoal por nos já empreendido, quando escrevemos TELECOMUNICAÇÕES NO AMAZONAS" voltado naturalmente para as comunicações telegráficas e telefônicas.

Estas notas foram reunidas em tempo breve, por solicitação da Diretoria Regional da ECT, o que reafirma a preocupação da Empresa em não só recuperar o edifício-sede de sua administrado em nossa capital, mas também de levantar informações que compõem a história da instituição entre nos.

Robério Braga


- CORREIO NA PROVINCIA:

Selo comemorativo da Elevação do Amazonas a categoria de província

Antes mesmo da instalação da Província do Amazonas em janeiro de 1851, pelo politico paraense João Batista de Figueiredo Tenreiro Aranha, surgem as primeiras determinações oficiais para o funcionamento dos serviços do "Correio Geral", nesta região, através do aviso do Ministério do Império de 29 de setembro de 1851,que, "recomendava a organização da Repartição dos Correios".

Um dos primeiros aos do presidente Tenreiro Aranha, ao lado da organização da "Instrução Pública", foi a expedição da instrução datada de 6 de fevereiro de 1852,para o estabelecimento do Correio Marítimo, e de outras repartições, a ser efetivado entre a capital, as vilas, freguesias e povoados da Província, logo seguidas de instruções de 3 e 29 de março e de 8 de maio do mesmo ano. Estas últimas ficaram sem implementação pela falta de recursos alocados no orçamento provincial.

Do relatório do presidente (1852), primeiro documento oficial de autoridade local dando conta da administração pública, encontra-se o pensamento daquele homem público sobre o estabelecimento de tão importante serviço, quando declara:

"Para de pronto ocorrer-se, como se tem ocorrido, às necessidades do serviço público, um dos meus primeiros cuidados foi estabelecer quatro correios, que, de mês em mês, viessem de pontos limítrofes, percorrendo todos os intermédios, ate esta capital, com as cousas e pessoas que já tem vindo para diferentes aplicações, como se mostra nas ilustrações, que já tem sido, por aditamentos, acomodadas as conveniências e necessidades locais."

A primeira estatística conhecida, a partir de então, data de 5 de setembro de 1852, correspondente ao semestre anterior e e já demostrava o funcionamento razoável do Correio, pelo tráfego de correspondência (Jornais, cartas, ofícios), que chegaram a 1.233.000 recebidos e 645 expedidos na capital.
Na administração do 2° Vice-presidente, conselheiro Herculano Ferreira Penna, os Correios compunham-se de um administrador-tesoureiro; um ajudante contador; um praticante porteiro; um carteiro; com agências criadas nas vilas, menos em Silves e nas freguesias de Borba e Serpa. Pelas dificuldades financeiras, os coletores da Fazenda Pública no interior acumulavam também as funções de direção do posto de Correios, por pequena gratificação.

Por estas e outras injunções estruturais, apenas entre Manaus e Serpa (Itacoatiara), e Manaus e Vila Bela (Parintins), o movimento era regular e satisfatório. Para se ter uma noção mais próxima do movimento, da correspondência em relação ao quadro anterior, que inclui, ofícios, cartas seguras, cartas com selos francos, cartas de porte e jornais, veja-se as localidades que mais se relacionaram com Manaus:


Ao mesmo tempo, verifica-se que estavam regularmente ordenadas as linhas com outras províncias, especialmente o Pará e a sede do Império, com as quais a comunidade local, mantinha a correspondência mais intensa.
Se ainda a hoje a navegação pelos rios, lagos, paranás e furos da região amazônica, é de vital importância para a vida das populações ribeirinhas, muito mais ao tempo provincial, quando inteiramente, toda a relação entre a capital e aquelas populações dependia da navegação a vapor. O Correio mantinha as linhas fluviais, valendo-se das diversas concessões do governo para a exploração do comercio e da navegação.

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